Yahya Sinwar foi morto em Rafah, no sul do território palestino

Yahya Sinwar, líder do Hamas, foi morto pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) na Faixa de Gaza
De acordo com o porta-voz militar Daniel Hagari, Sinwar estaria tentando escapar para o norte quando foi morto.
Além disso, Hagari fez essa declaração durante uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (17).
Acredito que ele estava fugindo, mudou-se de um complexo subterrâneo para casas, tentando escapar para o norte, para um complexo mais seguro”, pontuou Hagari.
Ele acrescentou que as tropas da FDI continuaram operando no complexo em Tal al Sultan, em Rafah, onde ele foi morto, sem saber na época que ele estava lá.
Continuamos operando para verificar se os terroristas não estão fugindo desta região, destacou o porta-voz. Além disso, ele enfatizou a importância de manter a segurança da área.
As forças israelenses encontraram Sinwar com um colete, uma arma e 40 mil shekels, complementou a autoridade.
Além disso, Hagari também disse que o DNA de Sinwar foi encontrado em túneis a algumas centenas de metros de onde seis reféns foram mortos.
Quem é Yahya Sinwar?
Yahya Sinwar, figura de longa data no Hamas, nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Khan Younis, no sul de Gaza.
Ele foi responsável pela construção do braço militar do grupo antes de formar novos laços importantes com as potências árabes regionais como líder civil e político.
Sinwar foi eleito para o principal órgão de decisão do Hamas, o Politburo, em 2017, como líder político do Hamas em Gaza.
No entanto, desde então tornou-se o líder de fato do Politburo, de acordo com uma pesquisa do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês).
Ele foi designado terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA desde 2015 e foi sancionado pelo Reino Unido e pela França.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses.
Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza
com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu
acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para que os reféns sejam libertados.
Situação Humanitária
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza
com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
A população de Gaza enfrenta um cenário difícil, com escassez de recursos básicos e condições de vida precárias.
Portanto muitas famílias estão lutando para sobreviver em meio ao conflito.